Gostaria de efectuar uma pequena interevenção nesta sessão final deste mandato nesta Assembleia da Junta de Freguesia de Oiã.
Estranhei que se tenha marcado esta Assembleia já para o período eleitoral embora não veja qualquer inconveniente nisso. E sendo a última assembleia creio ser oportuno efectuar um balanço sobre a actividade desenvolvida.
É do conhecimento geral que me tenho manifestado desde o início contra a inércia e o reduzido dinamismo na acção deste executivo, o que se veio também a reflectir na ineficácia desta Assembleia em poder interferir nesse "marasmo" e nesse deixa andar... (Estou de acordo em que se tenham revelado contra a utilização do termo marasmo. Era provocatório...)
Se olharmos para trás e procurarmos aspectos marcantes e positivos da acção do executivo da Junta pouco teremos a salientar, nomeadamente quanto ao desenvolvimento da população e das estruturas sócio educacionais, económicas e culturais.
De louvar a actividade desenvolvida nas comemorações do Anversário da Vila.
Os argumentos desta ineficácia já os conhecemos. As maiorias nem sempre são as melhores conselheiras quer da gestão autárquica quer da gestão nacional.
Não sei se todos temos a noção de que podíamos ter feito muito mais para bem da Freguesia. De imediato pensaria na dinamização e arranjo da Zona Industrial, senão directamente, efectuando demarches sérias para que alguma coisa fosse feita a nível de arranjos envolventes, serviços de apoio social, etc. Na dinamização de mais áreas para diversão dos jovens, no controle e dinamização da acção das associações – quem dá deve conferir onde são gastos os parcos subsídios.
Sim, deixamos obra (a quem eu já ouvi dizer isto?...) Mesmo não tendo sido a favor de tão grandes investimentos a nível da nova sede da Junta de Freguesia e a nível do Concelho noutras áreas, a verdade é que as novas instalações aí estão e há que pensar no seu aproveitamento e dinamização pois a manutenção do complexo não vai ser pera doce para o novo executivo... Temos que ultrapassar os relatórios repetitivos e enfadonhos da actividade da Junta nos períodos entre Assembleias. Temos que dar a estas Assembleias um cunho mais sério de órgão deliberativo e consultivo do executivo da Junta.
E deixo no ar as preocupações que coloquei no início do meu mandato nesta Assembleia: Qual deve ser efectivamente a função das Juntas de Freguesia? (Pelo país fora vemos muitas tão dinâmicas...)
E qual deverá ser a função desta Assembleia nas suas sessões ordinárias?
Será uma boa altura reflectir sobre o assunto no início da próxima legislatura. Não sei se continuarei no próximo mandato, vou lutar por isso pois creio que a minha experiência, conhecimentos e dinamismo podem contribuir para renovar a acção deste órgão autárquico. Apesar de tudo poderia ter feito mais? Lutado mais pelas minhas ideias? – podia e devia certamente. Mas ás vezes sentimos que entramos num folclore político que só desgasta a actividade democrática e descredibiliza as pessoas. E também sentimos isso em várias sessões desta Assembleia.
Meus amigos, que a prática democrática possa contribuir para um maior desenvolvimento e progresso para a nossa sociedade, quer na Freguesia quer no Concelho!
Obrigado! (Grangeia Seabra)
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Tem que se ser exigente na actividade autárquica senão estamos aqui a encher pneus... e a gastar o erário público.
ResponderEliminarEstou convosco nessa "cruzada".